2 de maio de 2025

Impactos da nomofobia no comportamento e na rotina

O hábito de verificar o celular a todo momento pode parecer inofensivo, mas, quando se transforma em uma necessidade constante, pode indicar nomofobia — o medo de ficar sem acesso ao celular. Cada vez mais comum entre adolescentes e adultos, essa condição interfere diretamente na saúde mental, no desempenho escolar e nas relações sociais. Entre os sintomas mais frequentes estão ansiedade ao se afastar do aparelho, irritabilidade, compulsão por checar notificações e dificuldade de concentração.

A nomofobia afeta o cotidiano de maneira silenciosa, levando à insônia, dores físicas e até ao isolamento social. Em muitos casos, estudantes evitam participar de atividades em que o uso do celular é proibido, como aulas presenciais ou eventos escolares, o que pode comprometer a convivência com colegas e professores. O uso excessivo também prejudica o sono, uma vez que muitos jovens permanecem conectados até tarde da noite, resultando em fadiga e queda de rendimento.

Os diretores do Colégio Anglo, em Itapetininga (SP), destacam: “Observar esses comportamentos e iniciar uma conversa com os filhos pode ser o primeiro passo para evitar problemas maiores”. A orientação de pais e educadores é fundamental para estabelecer limites claros sobre o uso da tecnologia e incentivar práticas saudáveis.

No ambiente escolar, professores podem contribuir com regras objetivas para o uso de celulares em sala, além de propor atividades que promovam o contato direto entre os alunos. Incentivar momentos de socialização, leitura, esportes ou projetos em grupo ajuda a reduzir a dependência digital e favorece o desenvolvimento de habilidades interpessoais.

A nomofobia também pode estar associada a quadros de ansiedade e depressão, especialmente quando há forte vínculo com redes sociais e a necessidade constante de aprovação digital. Quando a dependência chega a níveis mais graves, o acompanhamento psicológico pode ser necessário, com apoio de orientadores ou profissionais especializados em saúde mental.

É importante que a família incentive alternativas de lazer longe das telas e mostre, na prática, formas equilibradas de convívio com a tecnologia. Quando o celular deixa de ser uma ferramenta para se tornar um refúgio emocional, é hora de repensar os hábitos e buscar equilíbrio.

Para saber mais sobre a nomofobia, acesse camara.leg.br/radio/programas/977152-nomofobia-o-vicio-ao-celular-o-que-saber-e-como-evitar e exame.com/ciencia/nomofobia-entenda-o-que-e-o-transtorno-e-as-formas-de-minimiza-lo