23 de maio de 2025

Bullying: sinais de alerta e atitudes que fazem diferença

Insultos frequentes, exclusões silenciosas ou até ameaças disfarçadas de brincadeira podem estar por trás de um comportamento que afeta o bem-estar emocional de muitos estudantes: o bullying. Esse tipo de agressão, quando repetido e intencional, compromete a autoestima, o desempenho escolar e até a saúde física da criança ou do adolescente envolvido.

Identificar os sinais é essencial. Quedas bruscas no rendimento escolar, isolamento repentino, mudanças no apetite ou distúrbios do sono são alguns indícios de que algo está errado. Em muitos casos, a criança evita comentar por medo ou vergonha, tornando ainda mais importante o olhar atento de pais e professores. “O acolhimento é o primeiro passo para romper o ciclo do bullying. As crianças precisam sentir que não estão sozinhas e que serão levadas a sério”, afirma Juliana Figallo, coordenadora de educação infantil do Colégio Anglo Itapetininga.

O bullying não se restringe às agressões físicas. Ele pode ser verbal, emocional ou digital — como no caso do cyberbullying. Com a expansão das redes sociais, os ataques muitas vezes continuam fora da escola, ganhando novos contornos e dificultando o controle. Por isso, manter o diálogo aberto com os filhos sobre o que acontece no ambiente escolar e virtual é uma medida essencial de proteção.

Nos casos confirmados, os pais devem agir com escuta empática e medidas práticas. É recomendável documentar os episódios, comunicar-se com a escola e buscar a colaboração dos educadores. A ajuda de profissionais como psicólogos também pode ser necessária, principalmente se a vítima apresentar sintomas de ansiedade, retraimento severo ou queda de autoestima.

Além de proteger as vítimas, também é preciso compreender o perfil de quem pratica o bullying. Em muitos casos, o agressor apresenta dificuldades emocionais, problemas familiares ou já foi vítima de comportamentos semelhantes. Isso não isenta a responsabilidade pelos atos, mas reforça a importância de uma intervenção educativa que envolva diálogo e orientação, além de medidas disciplinares.

A prevenção passa pela construção de uma cultura de respeito e empatia dentro das escolas. Falar sobre diversidade, incentivar o trabalho em grupo e promover o respeito às diferenças são ações fundamentais. Quando os alunos aprendem desde cedo a conviver com o outro de forma saudável, diminuem-se as chances de comportamentos agressivos se repetirem. Pais atentos, escolas comprometidas e alunos bem-informados são a chave para reduzir os impactos do bullying e criar um ambiente mais acolhedor e seguro para todos.

Para mais informações sobre bullying, acesse brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying ou www.unicef.org/brazil/blog/bullying-e-violencia-escolar